Comprar moto usada com farol de LED vale a pena

Escolher uma moto usada é sempre uma missão cheia de detalhes, né? E, ultimamente, o tipo de iluminação está chamando muita atenção de quem pensa em comprar. Com os faróis de LED dominando cada vez mais o mercado, a dúvida bate: será que vale mesmo a pena investir em uma moto seminova que já tem essa tecnologia?

Até pouco tempo atrás, LED era coisa de moto de luxo. Mas agora marcas como Honda já colocam esse sistema até em modelos populares, como a CG 160 Titan. A troca das lâmpadas halógenas tradicionais pelos LEDs trouxe uma diferença enorme tanto na segurança quanto no consumo de energia.

Pra quem está de olho em uma usada, entender essa mudança é fundamental. O LED dura mais, ilumina melhor e ainda pode ajudar a valorizar a moto na hora da revenda. Sem contar que o visual fica mais moderno, o que muita gente acha um diferencial.

Aqui, a ideia é mostrar os lados bons e ruins dessa escolha. Vamos falar sobre custo-benefício, regras do Detran e até dicas pra não cair em furada. Assim, dá pra decidir com mais tranquilidade na hora de fechar negócio.

Entendendo a importância da iluminação em motos

Nos últimos anos, a tecnologia mudou completamente a forma como motociclistas enxergam e são vistos no trânsito. Um sistema de iluminação eficiente pode diminuir em até 40% o risco de acidentes à noite, segundo pesquisas de segurança. As luzes deixaram de ser só um detalhe: viraram um item essencial de proteção.

Por muito tempo, as motos usavam aquelas lâmpadas incandescentes. Agora, com os LEDs, os benefícios são bem claros:

• Você enxerga melhor tanto em curvas quanto em retas
• O consumo de energia cai em cerca de 75% em relação às lâmpadas antigas
• Os LEDs aguentam mais vibração e impacto, então quebram menos

No trânsito das cidades, um farol potente faz diferença. Ele faz com que outros motoristas percebam a moto meio segundo antes – e, num cruzamento complicado, isso pode evitar acidente. Já na estrada, a luz dos LEDs alcança até 100 metros, ajudando a ver buracos, galhos e até animais na pista.

Chuva forte e neblina são testes de verdade para o sistema de iluminação. Enquanto as lâmpadas antigas enferrujam e perdem força, os LEDs mantêm até 90% do desempenho, mesmo em dias úmidos. Não à toa, a maioria das motos seminovas mais valorizadas já vem com LED de fábrica.

Prós dos faróis de LED em motos usadas

Quando a moto seminova já tem farol LED, os benefícios vão além da aparência. O LED consome até 80% menos energia que as lâmpadas halógenas, o que ajuda muito a preservar a bateria – especialmente em modelos mais antigos, onde o sistema elétrico já não é mais tão forte.

Outra vantagem é que o LED dura muito mais. Enquanto uma lâmpada comum mal chega a mil horas de uso, o LED pode passar de 50 mil horas. Ou seja, você fica anos sem se preocupar em trocar, economizando tempo e dinheiro.

A luz branca e forte melhora muito a segurança, porque realça melhor os obstáculos no asfalto, até mesmo em dias de chuva. E diferente das lâmpadas antigas, que demoram pra acender de verdade, o LED responde na hora – ótimo em situações de emergência.

Sem falar que o design do LED combina bem com todo tipo de moto. Ele resiste mais aos solavancos das ruas esburacadas, o que é ótimo pra quem pega estrada de terra ou encara buraco todo dia na cidade.

Contras e desafios dos faróis de LED em motos usadas

Por outro lado, nem tudo é perfeito. A luz azulada dos LEDs, apesar de moderna, pode cansar os olhos em viagens longas à noite. Tem gente que sente aquele desconforto típico de luz fria, diferente do tom amarelado das lâmpadas antigas.

Outro ponto importante: se o farol LED não estiver bem regulado ou for de baixa qualidade, pode ofuscar o motorista que vem na direção contrária. Isso aumenta o risco de acidente. Tem até pesquisa mostrando que mais de um terço dos motoristas já ficou incomodado com farol LED muito forte.

Em motos fabricadas antes de 2015, a instalação de LED pode dar dor de cabeça. Às vezes é preciso usar adaptador, mexer na voltagem ou até trocar o sistema todo. Isso encarece o serviço e pode gerar problemas futuros.

A luz branca do LED também não é tão eficiente na neblina. Ela reflete mais na água do que a luz amarela, então o alcance de visão pode cair quase pela metade nessas condições.

A manutenção também pode ser mais complicada. Como os LEDs fazem parte de um sistema eletrônico mais sofisticado, nem sempre dá pra consertar em casa. E as peças paralelas geralmente têm garantia menor do que as originais.

Vale a pena comprar moto usada com farol de LED

Na ponta do lápis, é bom considerar três coisas: o preço inicial, o quanto você vai gastar com manutenção e o valor de revenda. Em média, motos com LED economizam uns R$ 320 por ano só de manutenção, se comparar com as tradicionais.

Pra quem trabalha como entregador, por exemplo, e roda bastante na cidade, a diferença faz sentido. Já pra quem anda pouco, talvez não compense pagar mais caro só por causa do LED.

• O LED dura até cinco vezes mais que uma lâmpada halógena
• Ajuda a economizar cerca de 18% no consumo do sistema elétrico
• Na hora de revender, pode valorizar a moto em até 12%

É importante checar se o modelo da moto aceita LED sem problemas. As fabricadas depois de 2018, em geral, já vêm preparadas pra isso. Nas mais antigas, é bom olhar se o alternador aguenta e se o farol está regulado certinho.

Quando for ver a moto de perto, teste o farol num lugar escuro. Ele tem que iluminar de forma uniforme, sem pontos escuros ou brilho espalhado demais. E não esqueça de conferir se o farol tem o selo do Inmetro, que garante que está tudo dentro da lei.

Aspectos legais e regulamentação dos faróis LED

A legislação brasileira é bem clara quanto a mexer no sistema de iluminação das motos. Segundo a Resolução nº 292/2008 do CONTRAN, não pode trocar lâmpada halógena por LED se a moto não saiu de fábrica com isso. Fazer essa alteração sem autorização do fabricante é considerado infração grave.

Motos que já vêm com LED original têm isso registrado no documento do Detran. Se o LED foi colocado depois, pode dar multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH. Em blitz, o policial confere tudo pelo código da placa e as informações técnicas.

Pra não se enrolar na hora da compra, vale seguir estas dicas:

• Peça a nota fiscal do farol LED
• Veja no manual se o modelo já aceita esse tipo de iluminação
• Olhe se o farol tem o selo de homologação

Troca irregular pode complicar o seguro e até fazer a vistoria ser reprovada. Em caso de acidente, a seguradora pode negar cobertura se detectar alteração não permitida. O recomendado é só trocar por lâmpadas halógenas da mesma potência, sempre mantendo o sistema original.

Considerações finais e dicas para o motorista

Na hora de escolher entre LED e sistema tradicional, o ideal é equilibrar segurança e custo. Sempre avalie a procedência do farol, teste em diferentes condições e fique de olho na regulagem. Quem roda muito na cidade costuma preferir durabilidade, já quem pega estrada valoriza mais o alcance da luz.

Na negociação, saiba que uma moto 2019 ou mais nova pode valer até 8% a mais se tiver farol LED de fábrica. Peça sempre o certificado de homologação e teste o padrão da luz, principalmente em ruas esburacadas. Se perceber que a luz oscila ou fica esverdeada, pode ser sinal de desgaste.

Para manter tudo funcionando bem, limpe os faróis a cada quinze dias e evite produtos químicos fortes. Quando as conexões oxidam, a eficiência cai bastante. Vale a pena procurar uma oficina especializada para ajustes, assim você garante que está tudo dentro das regras.

O mercado só aponta pra um lado: até 2026, quase todas as motos novas vão sair de fábrica com LED. Quando tiver dúvida, prefira sempre as que já vêm com o sistema original. Assim, você ganha em economia, segurança e evita dor de cabeça com documentação.

Fonte: https://motospace.com.br/